O X volta antes das eleições?

 

A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, voltou a operar de forma parcial no Brasil nestaquinta-feira, 26 de setembro de 2024, após ter sido bloqueada no início do mês por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O funcionamento da plataforma está sendo restabelecido de maneira limitada, com acesso viável via aplicativo móvel em algumas cidades, como São Paulo e Belo Horizonte. Contudo, os usuários ainda enfrentam instabilidades e lentidão, especialmente ao tentar acessar a plataforma por meio de navegadores de internet.

Este desbloqueio parcial foi possível após o pagamento de multas que totalizaram cerca de R$ 18,35 milhões, quantia confiscada das contas bancárias tanto do X quanto da Starlink, outra empresa pertencente a Elon Musk. Mesmo assim, para que a plataforma seja completamente reestabelecida no país, ainda será necessário o cumprimento integral das determinações judiciais, além da nomeação de um representante legal para o X no Brasil, conforme exige a legislação local.

Controvérsias envolvendo Elon Musk

O empresário Elon Musk, proprietário do X, tem sido alvo de intensas críticas por supostamente utilizar a rede social como um "megafone virtual" para propagar suas ideias. Após uma série de desavenças legais com o Supremo Tribunal Federal, Musk chegou a anunciar o fechamento do escritório do X no Brasil. A suspensão inicial da plataforma se deu em virtude da recusa da empresa em acatar decisões judiciais, que incluíam a remoção de conteúdos considerados inadequados, além da ausência de um representante legal no país, exigência para todas as empresas estrangeiras que atuam no Brasil.

Além disso, o X foi acusado de fomentar a desinformação e de não colaborar adequadamente com investigações em andamento, o que intensificou o confronto entre a rede social e as autoridades brasileiras.

Incertezas sobre o futuro da plataforma no Brasil

Apesar de o X ter sido desbloqueado de forma parcial, o futuro da rede social no Brasil ainda é incerto. O acesso pode ser novamente interrompido caso as autoridades judiciais considerem que as determinações não estão sendo plenamente cumpridas. Ademais, duas ações que contestam a decisão do ministro Alexandre de Moraes seguem em tramitação no STF, argumentando que o bloqueio da plataforma pode ter infringido princípios constitucionais.

Por enquanto, os usuários da rede social devem estar atentos às eventuais interrupções e instabilidades, que podem ocorrer a qualquer momento. O cenário segue em evolução, e a permanência definitiva do X no Brasil dependerá do desenrolar das negociações e do cumprimento das exigências estabelecidas pela Justiça.