segunda-feira, 31 de março de 2025

O Golpe de 1964 e a Praia Grande – Um Olhar Histórico e Regional

 


Introdução ao Golpe de 1964


O que foi o Golpe Militar de 1964

O Golpe de 1964 não foi apenas uma troca de governo, como muitas vezes é apresentado nos livros didáticos ou nos discursos oficiais de certas épocas. Foi, na realidade, um movimento articulado por setores conservadores da sociedade brasileira — empresários, militares, políticos e até parte da mídia — com o objetivo de interromper o processo democrático e instaurar uma ditadura militar que perduraria por 21 anos.

Tudo começou no contexto da Guerra Fria, em que o mundo estava dividido entre dois blocos ideológicos: o capitalismo liderado pelos Estados Unidos e o socialismo liderado pela União Soviética. O Brasil, como uma das maiores nações da América Latina, virou palco dessa disputa. O então presidente João Goulart, com propostas consideradas progressistas, como a Reforma Agrária, começou a ser rotulado como "comunista" por seus opositores. Esse rótulo, na época, era suficiente para deslegitimar qualquer governo, principalmente com o apoio norte-americano à conspiração militar.

No dia 31 de março de 1964, tropas militares saíram de Minas Gerais rumo ao Rio de Janeiro. Em menos de 48 horas, João Goulart estava deposto e exilado. O que se seguiu foi um regime de exceção, que suprimiu liberdades civis, fechou o Congresso, perseguiu adversários políticos, censurou a imprensa e praticou tortura como política de Estado. O golpe militar marcou o início de um período sombrio da nossa história — e seus reflexos foram sentidos em cada canto do país, inclusive em cidades menores como Praia Grande.


O contexto político e social do Brasil no início dos anos 60

Para entender como o golpe foi possível, é necessário mergulhar no Brasil dos anos 60. O país vivia uma crise econômica intensa, com alta inflação, greves trabalhistas e instabilidade política. João Goulart, que assumira a presidência após a renúncia de Jânio Quadros em 1961, enfrentava enorme resistência da elite empresarial e de setores conservadores das Forças Armadas.

Suas propostas de reformas de base — que incluíam mudanças estruturais na distribuição de terras, educação pública, reforma urbana e o controle de remessas de lucros de empresas estrangeiras — foram vistas como uma ameaça por essas elites. O discurso popular de Jango assustava os donos do poder, que temiam uma “cubanização” do Brasil. Vale lembrar que a Revolução Cubana havia ocorrido apenas cinco anos antes, em 1959, e ainda estava viva na memória das potências ocidentais como um símbolo de “perigo vermelho”.

No cenário internacional, os Estados Unidos incentivavam e apoiavam abertamente governos anticomunistas na América Latina. A Operação Brother Sam, que previa o envio de apoio logístico e militar ao Brasil em caso de resistência ao golpe, mostrou como o interesse externo também ajudou a moldar os rumos da política nacional.

Dentro desse caldeirão político e social fervente, o golpe foi sendo cozinhado lentamente, com apoio de marchas como a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", incentivada por setores religiosos e conservadores. O medo do comunismo, ainda que infundado, foi a principal narrativa usada para legitimar a derrubada de um presidente democraticamente eleito.


O Brasil sob a Ditadura Militar

As fases da Ditadura: de 1964 a 1985

O período da ditadura militar no Brasil não foi homogêneo. Ele pode ser dividido em fases distintas, que ajudam a entender como o regime foi se transformando ao longo do tempo. A primeira fase (1964-1968) foi marcada pela implantação do regime e a eliminação das estruturas democráticas. Já a segunda fase, iniciada com o AI-5 em 1968, mergulhou o país em um dos períodos mais repressivos e sangrentos da história brasileira.

Com o Ato Institucional Número Cinco, o governo militar suspendeu direitos civis, deu carta branca para a repressão e legalizou a censura à imprensa, ao cinema, à música e até mesmo à literatura. Foi nesse período que se intensificaram as prisões arbitrárias, torturas, desaparecimentos forçados e assassinatos de opositores do regime — tudo sob o manto da "segurança nacional".

A terceira fase (a partir de 1974) marcou o início de uma abertura lenta e gradual, iniciada pelo governo Geisel. Mesmo assim, a repressão continuou presente, embora de forma menos explícita. Só em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves (e a posse de José Sarney após sua morte), o Brasil voltaria a experimentar a democracia formalmente, encerrando o ciclo da ditadura militar.

Essas fases deixaram marcas profundas na sociedade, na política e na cultura brasileira. O medo, a autocensura e a desconfiança viraram parte do cotidiano. E mesmo cidades aparentemente afastadas do centro político, como Praia Grande, não ficaram imunes aos efeitos desse regime.


As principais medidas autoritárias implementadas

O governo militar não se limitou a fechar o Congresso e cassar políticos. Ele transformou profundamente as instituições brasileiras. Através de uma série de Atos Institucionais, os militares impuseram um novo ordenamento jurídico que permitia desde prisões sem mandato até a cassação de mandatos eletivos e a suspensão de direitos políticos.

A censura foi uma das ferramentas mais utilizadas. Artistas, jornalistas e intelectuais tinham suas obras vetadas ou mutiladas. Programas de televisão, músicas e peças teatrais eram analisados por censores, que decidiam o que poderia ou não ser veiculado ao público. As universidades também foram alvo, com professores sendo demitidos, perseguidos ou até mesmo presos.

Outro ponto marcante foi o controle sobre os meios de comunicação. Em muitos casos, os jornais recebiam ordens diretas do governo sobre quais notícias publicar. Isso impediu o surgimento de uma consciência crítica nacional durante boa parte do período.

O regime também usou o nacionalismo como ferramenta de dominação. Projetos como o "Brasil: ame-o ou deixe-o" reforçavam uma falsa ideia de união e prosperidade, enquanto nas sombras o Estado operava verdadeiras máquinas de repressão. Esse ambiente autoritário e violento moldou o comportamento de gerações, com reflexos que ainda ecoam nas estruturas sociais e políticas do Brasil atual.


Impactos do Regime Militar nas Cidades do Litoral Paulista

Repressão e controle político em cidades pequenas

Engana-se quem pensa que a repressão do regime militar ficou restrita às grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. As cidades pequenas e médias do Brasil também sentiram, e muito, os efeitos do autoritarismo. O litoral paulista, por sua posição estratégica e proximidade com a capital paulista, foi diretamente impactado. Praia Grande, embora ainda em fase de desenvolvimento na década de 60, começou a experimentar um controle político sutil, porém implacável.

Durante a ditadura, prefeitos e vereadores eram constantemente vigiados. Em muitos casos, os cargos executivos locais eram ocupados por aliados do regime, mesmo em municípios recém-criados como Praia Grande. A nomeação de prefeitos biônicos (indicados, e não eleitos) tornou-se comum em diversas cidades do país. Embora não haja um registro explícito desse fenômeno em Praia Grande, o clima de medo e vigilância generalizada fazia com que qualquer discurso dissidente fosse prontamente silenciado.

A atuação da polícia também se tornou mais dura e agressiva. Mesmo crimes comuns passaram a ser tratados com extremo rigor, como forma de "mostrar serviço" ao governo central. O cidadão comum passou a ter medo de se expressar politicamente — e isso se refletia em tudo: desde conversas em praças públicas até reuniões comunitárias e manifestações culturais.

O controle ideológico chegava, inclusive, às escolas. Professores que expressavam opiniões críticas ao regime corriam o risco de serem afastados. Livros didáticos passaram por revisão, e conteúdos considerados "subversivos" eram proibidos. A repressão nas cidades pequenas, como Praia Grande, muitas vezes se dava de forma menos visível, mas igualmente eficaz — pelo medo, pela censura e pelo silenciamento da cultura local.


A influência militar no planejamento urbano

Durante os anos da ditadura, o Brasil viveu um processo acelerado de urbanização e modernização. O chamado “milagre econômico” dos anos 70, embora tenha beneficiado apenas parte da população, trouxe consigo uma série de obras de infraestrutura — muitas delas planejadas ou executadas diretamente pelos militares. Esse modelo de desenvolvimento também chegou ao litoral paulista e impactou diretamente o crescimento urbano de cidades como Praia Grande.

A cidade, emancipada oficialmente apenas em 1967, se desenvolvia sob a vigilância e o modelo centralizador do regime. Como parte do plano de expansão da Baixada Santista, Praia Grande passou a ser vista como potencial destino turístico e residencial. No entanto, o crescimento da cidade foi marcado pela falta de planejamento inclusivo. Áreas inteiras foram ocupadas de maneira desordenada, e muitas comunidades populares ficaram à margem dos serviços públicos básicos, como saneamento, pavimentação e transporte.

Houve uma tentativa de “organização urbana”, mas ela seguia a lógica do regime: controlar o espaço, deslocar os pobres para áreas mais afastadas e valorizar as regiões de interesse turístico ou militar. Em alguns casos, a especulação imobiliária foi incentivada, criando um modelo de cidade segregado, que ainda persiste em parte até hoje.

Além disso, a arquitetura e o urbanismo da época carregavam os traços do autoritarismo: grandes avenidas, edifícios padronizados e poucos espaços públicos de convivência. A ideia era criar uma cidade “moderna”, porém funcional ao regime, onde tudo fosse controlado e previsível — inclusive o comportamento dos seus cidadãos.


A História de Praia Grande antes e depois do Golpe

Praia Grande na década de 60: um município em formação

Nos anos 60, Praia Grande era, essencialmente, uma cidade em construção. Antes de sua emancipação política de São Vicente em 1967, o que hoje conhecemos como uma das principais cidades do litoral sul paulista era, na época, um conjunto de bairros com características rurais e costeiras. A região vivia basicamente da pesca, do pequeno comércio e da agricultura familiar. A infraestrutura urbana era precária, e os serviços públicos, quase inexistentes.

Quando o golpe de 1964 aconteceu, a cidade ainda era parte de São Vicente, mas já existia um movimento local de moradores pela emancipação. Esse movimento sofreu forte influência do cenário político nacional. Muitos líderes comunitários da época evitavam se posicionar politicamente, com receio de serem associados a ideias subversivas. Mesmo assim, a força da comunidade foi determinante para a conquista da autonomia política apenas três anos depois, o que já é um indicativo da resistência silenciosa que muitos moradores demonstravam.

Com a emancipação, Praia Grande começou a receber mais atenção do governo estadual e federal. Obras públicas foram iniciadas, e a cidade começou a ser pensada como parte de um corredor turístico estratégico. Ainda assim, o desenvolvimento não foi equitativo. A elite local foi beneficiada com acesso facilitado a terrenos e investimentos, enquanto a população de baixa renda foi empurrada para áreas periféricas, muitas vezes sem infraestrutura.

O traço mais marcante desse período foi o crescimento desordenado. A cidade crescia de forma rápida, mas sem um plano diretor claro e participativo. A ausência de democracia no cenário nacional refletia-se diretamente na gestão local, onde as decisões eram tomadas de cima para baixo, sem consultar a população. O resultado foi uma cidade que cresceu, mas que também acumulou desigualdades que ainda impactam seus moradores décadas depois.


Efeitos diretos e indiretos do regime na cidade

Embora não seja comum encontrar documentos oficiais que detalhem a atuação direta do regime militar em Praia Grande, os efeitos indiretos são evidentes até hoje. Um deles é o legado autoritário nas práticas administrativas. Durante anos, a política local foi dominada por figuras conservadoras, com baixa renovação e pouca abertura à participação popular. Essa “herança” dificultou a construção de uma cultura democrática forte e participativa no município.

Outro ponto importante é o impacto da censura cultural. Durante o regime, manifestações culturais que exaltavam a história local ou traziam críticas sociais eram constantemente desestimuladas. Isso causou uma espécie de apagamento da identidade cultural da cidade, que até hoje luta para valorizar suas raízes e histórias esquecidas. Praias, bairros e tradições locais deixaram de ser celebrados, substituídos por discursos padronizados que exaltavam o progresso e o “Brasil grande”.

Além disso, a repressão aos movimentos sociais impediu o surgimento de sindicatos fortes, associações de moradores atuantes e uma imprensa local independente. Só após a redemocratização, nos anos 80 e 90, Praia Grande começou a viver um processo mais robusto de organização social e cultural. Ainda assim, o medo e o silêncio deixados pelo regime militar continuaram por muito tempo, moldando o comportamento coletivo da cidade.

Hoje, ao revisitar esse passado, é possível entender como as decisões tomadas durante a ditadura influenciaram diretamente o presente. A estrutura urbana desigual, a concentração de renda, a fragilidade das instituições locais — tudo isso tem raízes naquele período. Compreender essa história é essencial para construir um futuro mais justo, democrático e participativo para Praia Grande.


A Resistência e os Movimentos Locais

Como a população de Praia Grande reagiu

Mesmo em meio à repressão e ao medo instaurado pelo regime militar, a população de Praia Grande não ficou completamente calada. Como em tantas outras cidades brasileiras, a resistência existia, ainda que silenciosa e sutil. Nem sempre a oposição à ditadura vinha na forma de protestos abertos — muitas vezes, ela se manifestava em pequenas ações do cotidiano: uma conversa em voz baixa, um artigo publicado em jornal alternativo, uma música tocada em uma reunião entre amigos.

É importante lembrar que, naquela época, os canais de expressão eram limitados. Não havia redes sociais, blogs ou rádios comunitárias livres. As vozes dissonantes precisavam encontrar outras formas de existir. Em Praia Grande, alguns professores da rede pública passaram a estimular o pensamento crítico de maneira camuflada, usando literatura, história e filosofia para provocar seus alunos a refletirem sobre liberdade, democracia e justiça.

Nas igrejas, sobretudo nas comunidades de base ligadas à Teologia da Libertação, também floresciam pequenas sementes de resistência. Grupos de jovens, catequistas e agentes pastorais organizavam reuniões e ações sociais com foco nos direitos humanos, justiça social e dignidade. Esses encontros funcionavam como espaços seguros para discutir temas que eram considerados "perigosos" sob o olhar da repressão.

Ainda que não haja muitos registros oficiais, relatos orais e memórias de moradores antigos indicam que algumas lideranças comunitárias da cidade chegaram a ser vigiadas ou intimidadas por forças policiais. O medo de perseguição fez com que muitos preferissem o silêncio. Outros, no entanto, mantinham acesa a chama da esperança e da mudança, mesmo que isso significasse apenas não se render à narrativa oficial da ditadura.

Essas pequenas formas de resistência foram fundamentais para preservar valores democráticos durante os anos de chumbo. Elas mantiveram viva a chama da liberdade em corações que sabiam que, um dia, o Brasil voltaria a respirar democracia. E Praia Grande, com seu povo batalhador, fez parte dessa história.


Grupos de resistência, cultura e memória histórica

O que torna a resistência tão poderosa é o fato de que ela nunca desaparece totalmente. Mesmo durante o regime mais autoritário, sempre haverá quem lute para manter viva a memória, a identidade e os direitos coletivos. Em Praia Grande, essa resistência também passou pela cultura. Artistas, escritores, músicos e líderes comunitários usaram a arte como forma de protesto e preservação da memória local.

Muitas dessas manifestações culturais ocorreram em rodas de samba, encontros poéticos e apresentações teatrais realizadas em espaços comunitários. Através da música, da poesia e da encenação, os artistas conseguiam expressar críticas ao regime de forma velada, fugindo da censura, mas tocando os corações da plateia. Canções que falavam de liberdade, justiça e esperança viravam hinos não oficiais da resistência local.

Com o passar dos anos e o início da abertura política nos anos 80, esses grupos foram ganhando mais visibilidade. Surgiram então movimentos organizados voltados para a preservação da memória histórica. Associações de bairro começaram a registrar a história oral dos moradores antigos, coletando relatos sobre o período da ditadura e os efeitos sentidos na cidade.

Além disso, escolas e professores passaram a incluir a história do golpe de 64 em seus currículos, resgatando nomes e eventos locais que haviam sido esquecidos ou silenciados. A criação de bibliotecas públicas e centros culturais permitiu que a população tivesse acesso a livros e obras que antes eram censuradas ou simplesmente inexistiam.

Hoje, a memória da ditadura em Praia Grande é mantida viva por meio de eventos culturais, exposições, documentários e projetos educativos. O objetivo é não deixar que o silêncio volte a dominar — é garantir que as gerações futuras saibam o que foi aquele período e como a cidade, mesmo pequena, foi palco de resistência.

Preservar a memória é um ato de resistência contínua. É olhar para o passado com coragem, reconhecer os erros, honrar os que lutaram e seguir construindo uma cidade mais justa, democrática e humana. E Praia Grande tem mostrado, com orgulho, que essa luta continua viva.


Conclusão: Aprender com o Passado para Construir o Futuro

O Golpe de 1964 foi um divisor de águas na história do Brasil. Ele não apenas interrompeu um processo democrático, mas mergulhou o país em duas décadas de repressão, censura e autoritarismo. Em cidades pequenas como Praia Grande, os efeitos foram sentidos de maneira mais silenciosa, porém profundamente marcante. O medo se instalou, a cultura foi calada, e as decisões políticas passaram a ignorar a vontade popular.

Praia Grande, no entanto, também foi cenário de resistência. Em meio às sombras da repressão, surgiram vozes corajosas que, mesmo sem alarde, mantiveram viva a chama da liberdade. A cidade se desenvolveu, enfrentou desafios e hoje se firma como uma referência no litoral paulista — mas carrega, em suas ruas e em sua memória, as marcas do autoritarismo e a força da resistência.

Refletir sobre esse passado é fundamental. Não para reviver feridas, mas para garantir que elas não se repitam. Conhecer a história do golpe e suas consequências locais é um passo essencial para fortalecer a democracia, valorizar a diversidade e construir um futuro mais justo.

Hoje, quando andamos pelas avenidas de Praia Grande, visitamos suas escolas, centros culturais e bairros, podemos enxergar não apenas o progresso urbano, mas também os sinais de uma cidade que aprendeu com sua história. E que segue em frente com a certeza de que liberdade e justiça não são dádivas, mas conquistas coletivas.


FAQs – Perguntas Frequentes

1. Praia Grande foi diretamente impactada pelo regime militar?

Sim, embora não tenha sido palco de grandes eventos nacionais, Praia Grande sentiu os efeitos do autoritarismo através do controle político, repressão cultural e exclusão social durante o regime militar.

2. Houve resistência política organizada na cidade?

A resistência em Praia Grande foi mais silenciosa e cultural do que política. Grupos religiosos, professores e artistas locais desempenharam um papel importante na preservação da memória e dos valores democráticos.

3. Como a ditadura influenciou o desenvolvimento urbano de Praia Grande?

A cidade cresceu de forma acelerada, mas desordenada, com forte influência da lógica autoritária: valorização de áreas estratégicas, especulação imobiliária e exclusão das comunidades mais pobres.

4. Existem espaços de memória sobre o golpe de 64 em Praia Grande?

Sim, nos últimos anos surgiram iniciativas culturais e educativas voltadas à preservação da história local, incluindo exposições, documentários e projetos escolares que abordam o período da ditadura.

5. Por que é importante lembrar o golpe de 64 em cidades pequenas como Praia Grande?

Porque a história da ditadura não se limitou às capitais. Cidades pequenas também sofreram repressão e contribuíram com resistência. Conhecer essa história ajuda a fortalecer a democracia em todas as partes do país.

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